segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hábito em que Habito

Você me olha como um hábito.

Já faz tanto tempo...

Você me olha em silêncio, na quietude de um passado.

Você me olha quando chega e sai, no durante... não me vê.

Você me fala do dia e eu vejo a distância da noite, daquele amor e sinto a angústia do futuro.

Então uso uma lupa para enxergar o comum, de mais um dia agitado, é só isto!

E assim vou trocando de lente, pra perto  e pra longe , na tentativa de compensar os momentos que me vejo no diminutivo do teu olhar.

E vou vivendo...

Suportando a cegueira das vendas que eu mesma fiz para continuar ao seu lado, invisível.

Só que já não dói tanto, me sinto anestesiada e inibida pelo medo da mudança!

Pois não ver, me faz tolerar a frustração da lembrança de que um dia

eu fui a menina dos teus olhos.