domingo, 24 de abril de 2011

O Filme!!!!

Paris.
A felicidade não é plena por uma questão de pura sanidade. Temos momentos de felicidade. Hoje as pessoas parecem não admitir mais sofrer! Preferem escolher um roteiro idílico. Sofrer passou a ser um fracasso fashion. Sofrer é out! Mas é no sofrimento que muitas vezes vencemos os nossos maiores medos ou no mínimo, nos damos conta deles. Então vamos às pílulas para não sentir. Mas qual é o problema de estar triste? Ter um momento de luto? Demorar para tirar o pijama? Veja, não falo de depressão! Falo de tristeza, daquele choro que faz bem. "Lava a alma"! O equilíbrio da vida  está exatamente na intersecção do desequilíbrio destas emoções. Não compactue com velocidade das informações, sem antes senti-las. Desde de pequenos, aprendemos que chorar é feio, que o que dói,  já vai passar, e acabamos condenados a própria sorte de um não saber sentir. Então, se perceba por um instante! Veja qual o recado da dor e responda com consciência. Assim, essa dor não vira uma ameaça! Pois a ameaça é o fracasso do diálogo. Converse mais consigo mesmo e faça o seu filme. Ação?!
Ale.

domingo, 17 de abril de 2011

Angústia

Tem dias que parece que uma sombra nos segue...
Uma angústia, uma "coisa", uma estranhamento" com o cotidiano
Nada parece estar certo ou no lugar certo! sabe aquele Sei lá ? Qualquer coisa?
Mas conversando com  que um paciente, sobre esta sensação de que algo está a mais, fora de foco ,me ofuscando, pesado e frágil...
Pensei que pode ser o oposto: tem algo de menos.
Pois esta sombra pode ser justamente a falta da minha metade, daquela que não dou conta.
Se trata da sombra da metade que ficou e que é sugada por esse imenso vazio.
Daí, este sentimento de buraco negro. Prestemos mais atenção se aquilo que atrapalha a minha luz é do outro que me apaga , naquilo que projeto, ou se fui eu mesmo que vivo pela metade e me assusto com o lado que não quero ver por ignorância ou defesa. Se conhecer, fazer análise, dói, porque precisamos sair da sombra.  

Ale

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mulheres no singular

Hoje me sentei e comecei a escrever no meu consultório, um pouco desta questão de ser mulher. Sim, pois  somos  questão e não conceito.
Não dá para definir o que é mulher. Podemos até mensurar o feminino de uma enquanto especulação. Mas dizer onde começamos , qual o nosso meio e o nosso final, já se torna muito relativo. Quando acordamos hoje pela manhã, já éramos diferente daquela que acordou ontem... ou pelo sol,  pelo nublado, pelo passarinho que não cantou, pelo cheiro de café, ( que penso: Ufa! a minha funcionaria não faltou, hoje, tudo certo.), pelo cabelo que não se ajeita, o meu dente que hoje, não ontem, achei mais amarelo , mais torto... mas amanha eu sei que irei acordar diferente, só Deus sabe, como. Problemas de humor, ciclotimia? Penso que a mulher, de uma certa medida,  é ciclotímica não patológica por natureza. Faz  parte do contexto nosso de cada dia, uma oscilação básica de humor. E não me refiro àqueles dias...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

É hora de dormir!

Para a Insônia dos pequeninos...

" Se concentre na minha voz e deixe -a te guiar.
Relaxe , solte a sua cabecinha no travesseiro, solte os ombros e costas... e vai soltando todo o seu corpinho até o dedinho do pé! Respire! Que bacana ouvir a respiração. Relaxe o rosto, a bochecha, a boca e os olhinhos. Não esqueça das orelhas , sobrancelhas e até dos cabelos! Eles também querem descansar!
O seu corpo quer dormir e a sua mente vai sonhar! Pois assim, ela também irá relaxar.
Imagine uma nuvem bem branquinha...bem fofinha...e beeeeeeeeeemmmm grandona pra deitar.
Feche os olhinhos , que pesados já estão...
E agora durma para sonhar...
Sonhe para lembrar...
Pois os sonhos , também querem descansar!
Shshsh...
Vamos deixá-los então sonhar."

Boa Noite!

Ale.

sábado, 9 de abril de 2011

Hoje falei muito sobre amores e dissabores... parece que o verbo amar está ficando difícil se ser conjugado.  !Sempre na primeira pessoa! penso que é medo... Pessoas que já sofreram por amor criam um mecanismo de defesa tão potente que fazem da indiferença a sua principal minução. Logo, em nome da defesa, atacamos a possibilidade do amor em potencial, quando ele se apresenta e nos boicotamos imediatamente. Pois quanto mais vivo um amor patológico, mais garantido estou de que este amor não é certo para mim; e assim vou me protegendo de meus traumas . Pois, se abro a guarda para a entrega do amor com A maiúsculo, mais riscos corro em reviver aquela dor que um dia senti. Ou seja, que ama fica vulnerável mesmo, se entrega, e não tem manual nem garantia. O amor se reconfigura a cada santo dia  na sua constância. Acho interessante pensar se amo pelos sentimentos certos. Amar é uma entrega plena e não um delivery. 

 Bom final de semana! Ale.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ansiedade : ânsia - de - idade...

Ansiedade não resumida ao seu conceito, se torna uma questão! Ansiedade de que? geralmente ela tem nome , se não é Angustia. Falta o ar ou simplesmente fica pesado respirar, uma inquietude toma conta do corpo e da mente, um suor sem calor, um rubor sem dor,um tremor sem frio e aquela sensação de que uma notícia ruim vai chegar... ah.... que turbilhão de sintomas! Pronto, chegamos a questão da qual me referi. Quanto mais nos anestesiamos maior ela fica! A medicação certa , muitas vezes é essencial para o tratamento. Mas eu não falo apenas de ansiolíticos. Bem, mas porque me desorganizo diante de algumas coisas da vida ou a morte em forma de ansiedade que mal me faz? sim pois na medida, ela nos salva da inércia  filosófica da vida e nos ajuda a trabalhar, produzir e reagir. ok! mas parce que quanto mais penso, pior eu fico. Por isto digo: É apenas um pensamento movido pela própria ansiedade e não para falar dela. Insight! vamos falar dela então ? onde ela não domina? Ela veio nos dar um recado.Algo não vai bem... não está em equilíbrio entre mim e o mundo. A mudança tende a piorar este estado. Falemos dela com quem entende dela. Não se é ansioso patológico! Se está!  
Ale.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hábito em que Habito

Você me olha como um hábito.

Já faz tanto tempo...

Você me olha em silêncio, na quietude de um passado.

Você me olha quando chega e sai, no durante... não me vê.

Você me fala do dia e eu vejo a distância da noite, daquele amor e sinto a angústia do futuro.

Então uso uma lupa para enxergar o comum, de mais um dia agitado, é só isto!

E assim vou trocando de lente, pra perto  e pra longe , na tentativa de compensar os momentos que me vejo no diminutivo do teu olhar.

E vou vivendo...

Suportando a cegueira das vendas que eu mesma fiz para continuar ao seu lado, invisível.

Só que já não dói tanto, me sinto anestesiada e inibida pelo medo da mudança!

Pois não ver, me faz tolerar a frustração da lembrança de que um dia

eu fui a menina dos teus olhos.